Oslo (Noruega & Suécia 2015, Parte IV)

Olá pessoal! Aqui é o André e a Rita. Já leram o capítulo anterior da nossa aventura pela Escandinávia? Depois de finalmente cumprirmos o grande objectivo de ir até ao Trolltunga, voltámos a Bergen uma manhã para apanhar o comboio de 6 horas para Oslo. Diz-se que é uma das viagens de comboio mais bonitas de toda a Europa. Nós, pelo menos, não ficámos nada desiludidos! Tínhamos comprado os bilhetes há uns dias durante a nossa estadia em Bergen, por isso bastava-nos apenas garantir que estávamos na estação de comboios a tempo e horas. Não só chegámos a tempo, como ainda tínhamos 2 horinhas para matar. Mas uma vez que as nossas pernas tinham a mesma força que um par de pudins graças à empreitada do dia anterior, contentámo-nos com a ideia de almoçar perto da estação e de esperarmos sentadinhos até ser hora de embarcar.

O facto de o inverno anterior ter sido particularmente rigoroso afectou não só as condições da caminhada até ao Trolltunga como também toda a paisagem norueguesa durante o verão. A viagem de comboio foi completamente surreal; de certo modo, parecia não fazer qualquer sentido que estivéssemos tamanho manto de neve em pleno Julho. Não conseguíamos tirar os olhos da vista nem por um segundo, e estava completamente fora do nosso alcance entender como era possível que alguns dos passageiros conseguissem dormir durante este "espectáculo".

Assim que chegámos a Oslo, aproximadamente às 20h, depois de ter alguns dias nas montanhas, fomos confrontados com a realidade citadina. A cidade emana uma energia que dura pela noite dentro (ainda por cima não anoitece!) e mal podíamos esperar por começar a explorar. O nosso hotel ficava precisamente na mesma rua que a estação central, bastava atravessar a estrada. Fomos até ao quarto para deixar as nossas malas e em 2 minutos estávamos novamente na rua. Já tínhamos estudado os mapas da cidade e sabíamos onde é que se situavam os principais pontos da cidade, em relação ao hotel. Ainda estávamos obviamente exaustos de todas as aventuras que tínhamos protagonizado nos dias anteriores, por isso acabámos por passear apenas pelas ruas circundantes e dar uma espreitadela à Opera House, que ficava logo ali. Apreciámos a arquitectura à distância e concordámos que seria melhor deixar a exploração para o dia seguinte.

Voltámos para o hotel, e deitámo-nos na nossa cama, que nos pareceu um pedacinho de céu. Dormimos que nem pedras e autorizámo-nos a fazer preguiça por umas horinhas extra na manhã seguinte. Quando nos levantámo-nos, fomos até ao bar do hotel ver o que se arranjava para o pequeno-almoço (não estava incluído na reserva) e lá fomos nós lançados, a caminho da Opera House. Quando lá chegámos, escolhemos um cantinho simpático e sentámo-nos a comer o pequeno-almoço com vista para a cidade. A Opera é um lugar absolutamente impressionante, o que despertou em nós alguma tristeza por não termos conseguido incluir planos para um concerto durante toda a nossa viagem pela Noruega e Suécia.

Só tínhamos este dia completo em Oslo e tínhamos feito um pacto um com o outro de que não o iríamos passar enfiados dentro de museus. Talvez venhamos a visitar a cidade durante uns dias algures no futuro (bem queremos!), e aí podemos visitar tudo o que há para visitar na capital norueguesa. Desta vez, estávamos super entusiasmados com a mera ideia de explorar a cidade sem compromissos, comer boa comida vegetariana e ficar a conhecer a personalidade de Oslo.

Almoçámos num restaurante mexicano brutal, o Taqueria. Sentámo-nos na esplanada a comer uns tacos vegetarianos com maçarocas de milho grelhadas a acompanhar e a beber umas Coronas. Depois de almoço, circulámos pelas ruas e fomos dar até às docas. Depois de visitar a Fortaleza Akershus e o Palácio Real, voltámos para a rua principal onde moram todas as lojas e espaços comerciais. Aproveitámos a época dos saldos e comprámos umas coisinhas para nós.

As nossas pernas continuavam sem querer colaborar muito, por isso voltámos a caminhar até à zona da Opera House e sentámo-nos num banco de rua a apanhar sol e a aproveitar o bom ambiente. Quando demos conta do tempo, estava na hora de jantar (janta-se por volta das 6 da tarde na Noruega) e os nossos estômagos já roncavam. Fomos deixar os nossos novos bens ao quarto de hotel e escolhemos um restaurante italiano para jantar, onde comemos uma pizza vegetariana com salada de rúcula e pêra-abacate.

Depois do jantar, andámos pelas ruas novamente e acabámos por descobrir um sítio bem louco. O Sukkerbiten localiza-se numa pequena ilha junto à Opera House, e estava a decorrer uma festa de piquenique com um concurso de karaoke. Já passava das 21h e estava toda a gente a apanhar sol, a dar mergulhos no mar e a apreciar umas cervejas. Ficámos por lá umas horas antes de declararmos o dia como terminado e voltarmos para o quarto de hotel.

Aterrámos na cama com sentimentos mistos nessa noite. Felizmente de finalmente ir para Estocolmo no dia seguinte mas tristes de ir embora da Noruega. Não temos uma única coisa contra a dizer sobre este país lindo. Voltaremos a ver-nos, Noruega! Entretanto, podem ver o que aprontámos na capital sueca no post Estocolmo (Noruega & Suécia 2015, Parte V).